Em nome do cuidado, muitos pais cometem um dos maiores erros no planejamento patrimonial: a doação com reserva de usufruto.
À primeira vista, parece uma solução inteligente: “Vou doar meu imóvel para meu filho agora, assim ele não precisa passar pelo inventário no futuro.”
Mas por trás dessa boa intenção, existe um risco enorme e silencioso.
O que é doação com usufruto — e onde está o problema?
Quando você faz a doação de um imóvel com usufruto, está dizendo:
“Este bem agora pertence ao meu filho, mas eu ainda posso usá-lo enquanto estiver vivo.”
O problema é que o bem deixa de ser seu juridicamente.
Você perde o controle patrimonial.
E se um dia precisar vender esse imóvel, mesmo em caso de emergência, precisará da assinatura do seu filho… e do cônjuge dele.
Sim, até do genro ou da nora.
Casos reais de prejuízo familiar
Já presenciamos casos em que famílias perderam propostas milionárias por não conseguirem reverter a doação. Um simples “não” de um genro foi suficiente para travar uma operação que transformaria um terreno de R$ 1 milhão em um empreendimento de R$ 5 milhões.
O cartório, mesmo reconhecendo que o bem foi doado, exige anuência do cônjuge do novo titular, com base em interpretações do Superior Tribunal de Justiça.
Qual a alternativa mais segura?
A holding familiar.
Ao transferir o imóvel para o nome da holding e manter-se como administrador, você:
✅ Mantém controle total sobre o bem
✅ Pode vender, doar ou negociar quando quiser
✅ Evita inventário e litígios
✅ Reduz impostos
✅ Garante continuidade com segurança jurídicaConclusão
Doar sem perder o controle é possível.
Mas exige estrutura, estratégia e orientação profissional.
Evite problemas futuros.
Planeje hoje, com inteligência e proteção.
Assista a esse vídeo rápido, onde falo de forma prática sobre o assunto:
Eder Miranda é contador, empresário, com mais de 16 anos de experiência na área.
Especialista em Planejamento tributário, Planejamento Sucessório e Holding Familiar.