Você já deve ter ouvido que ter uma holding ajuda a proteger o patrimônio e facilita a sucessão. Mas… por onde começar?
Essa é uma das perguntas mais comuns — e também onde muitos erram.
O planejamento patrimonial sério não começa no cartório.
Ele começa na compreensão da realidade familiar, jurídica e patrimonial do cliente.
Etapa 1: Entendimento da Estrutura Familiar
Antes de qualquer documento ou CNPJ, o primeiro passo é uma sessão de viabilidade.
Nessa etapa, realizamos uma espécie de entrevista estratégica com o proprietário dos bens ou com a família envolvida.
Nosso objetivo é compreender:
- Quais bens estão em jogo?
- Existe cônjuge? União estável?
- Há filhos fora do casamento?
- Quem são os possíveis herdeiros legais?
- Existem riscos jurídicos já existentes?
Essa análise é essencial para garantir que todo o sistema será 100% legal e funcional.
É como o levantamento do terreno antes de desenhar a planta de uma casa.
Etapa 2: Diagnóstico de Viabilidade
Com as informações em mãos, realizamos um diagnóstico completo da situação patrimonial e sucessória.
A partir disso, avaliamos:
- Se a estrutura de holding é viável para o caso;
- Quais modelos jurídicos são mais indicados (holding pura, mista, etc.);
- Quais serão os custos estimados para montar e manter o sistema.
Essa fase é fundamental para que o cliente saiba exatamente o que esperar — em termos de estrutura, benefícios e investimentos.
Etapa 3: Apresentação do Planejamento
Depois do diagnóstico, montamos o que chamamos de “croqui jurídico”: uma espécie de planta baixa da holding.
Nessa apresentação, o cliente visualiza:
- Como funcionará a divisão dos bens;
- Quem serão os sócios e com qual participação;
- Como será feita a sucessão;
- Quais cláusulas protegerão o patrimônio (como inalienabilidade, incomunicabilidade e impenhorabilidade);
- Quais tributos serão otimizados com essa estrutura.
Essa planta serve como o guia para a construção do sistema. Nada é feito no escuro.
Etapa 4: Constituição da Holding
Com o planejamento aprovado, iniciamos a abertura da empresa e a transferência dos bens de forma legal e estratégica.
Cada etapa é acompanhada de forma técnica e responsável, garantindo:
- Economia tributária;
- Proteção contra disputas familiares;
- Mais controle e autonomia para o patriarca ou matriarca;
- Um legado seguro e organizado.
Conclusão:
Montar uma holding não é sobre abrir empresa por abrir.
É sobre criar uma estrutura sob medida, que respeite a história, os bens e os objetivos da família.
Com um planejamento patrimonial bem feito, você ganha:
- Segurança jurídica;
- Redução de impostos;
- Tranquilidade na sucessão;
- Um sistema que trabalha por você, ano após ano.
E tudo começa com uma sessão de viabilidade.
Eder Miranda é contador, empresário, com mais de 16 anos de experiência na área. Especialista em Planejamento tributário, Planejamento Sucessório e Holding Familiar.